sábado, 17 de março de 2012

REFLEXÕES

TRAGO ALGUMAS CITAÇÕES PARA NOSSA REFLEXÃO...

“ A arte mais divina é a arte de curar. E ela deve ocupar-se tanto com a alma como com o corpo, pois nenhuma criatura pode ser saudável enquanto sua natureza superior estiver enferma”
PITÁGORAS

“ Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, terão dado grande passo e horizontes novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combate-las”
ALLAN KARDEC
(Obras Póstumas)

“ O termo holístico, utilizado em referência às condições de saúde e bem esta dos seres humanos, implica não apenas um equilíbrio entre os diversos aspectos do corpo e da mente, mas também entre as forças multidimensionais do espírito, as quais, até o momento, foram imperfeitamente compreendidas pela grande maioria das pessoas. Na verdade, é o poder do espírito que movimenta, inspira e insufla vida nesse veículo que conhecemos como corpo físico. Um sistema de medicina que negue ou ignore a sua existência será incompleto, pois exclui o atributo mais importante da existência humana – a dimensão espiritual.”
RICHARD GERBER
(Medicina Vibracional)

segunda-feira, 12 de março de 2012

RESGATANDO A AUTO ESTIMA

Sempre nos pautando na visão holística não podemos cair no equívoco de tentar entender o ser humano dissociado do seu meio ambiente e de seus relacionamentos. A saúde de um indivíduo resulta do seu mundo interno, bem como da maneira como interage com o mundo exterior.
Toneladas de papel já foram gastas na produção de livros de auto ajuda, nos quais encontramos desde conselhos óbvios e sensatos até sugestões mirabolantes e sem sentido. Um dos temas preferidos nesta área é a questão da auto estima.
Começamos a desenvolvê-la na infância, a partir de como as outras pessoas nos tratam. As crenças e valores dos pais (e ancestrais) são introjetados pelo indivíduo e vão funcionar como modelos, verdadeiras lentes pelas quais ele irá ver o mundo e a si próprio.
Gostar de si é fator primordial para a estruturação de uma vida saudável. Ao longo do desenvolvimento, a pessoa pode alterar seus programas e melhorar seu grau de auto estima. Outro aspecto interessante é que o indivíduo não apresenta o mesmo grau de auto estima nas diversas áreas de sua vida. Por exemplo, alguém pode ser plenamente seguro de si na área profissional mas sentir-se frágil e vacilante na vida afetiva ou vice-versa.
O primeiro passo para melhorar a auto estima é a identificação das crenças negativas que foram construídas no decorrer da vida. Tarefa esta, muitas vezes difícil, a exigir atenção e investimento em si próprio. A chave para se atingir tal objetivo está no conselho inscrito no portal do oráculo de Delfos na Grécia antiga – “ homem conhece-te a ti mesmo”. Em certas situações da vida, talvez seja necessário a busca de ajuda através de uma psicoterapia.
Muitas vezes quando crianças, percebíamos que se nos adaptássemos a determinados padrões, éramos recompensados com elogios e afeto. Com tal adaptação, vamos sutilmente nos afastando sem nos dar conta, de nossas reais necessidades. Ao crescer e se tornar adulto, o indivíduo vai reproduzir os padrões cultivados em seu intimo, como velhos programas instalados num computador, que tendem a se repetir indefinidamente até serem substituídos por versões mais modernas e adequadas às necessidades da vida madura.
Não se deve entender que não existam valores e padrões úteis e proveitosos. Estes devem ser mantidos e até mesmo aprimorados. O que precisamos é resgatar o contato com a nossa própria essência, compreendendo que a verdadeira sabedoria é se perceber do real tamanho que se é, nem maior, nem menor. É aceitar que somos seres humanos em construção permanente e que erros e fracassos também fazem parte do processo de crescimento. Negar a própria sombra é viver desconectado de si próprio, enquanto sua aceitação é o início do processo de se tornar uma pessoa inteira.
Todos nós temos três imagens representativas. A primeira é a de quem realmente nós somos. A segunda é aquela que os outros fazem da nossa pessoa e a terceira é a imagem que julgamos que os outros fazem de nós. É muito difícil que, na prática, essas três imagens coincidam totalmente. Grande numero de pessoas procura tentar corresponder à maneira pela qual julgam que os outros lhes vêem, mesmo que para isso tenha que ir contra a sua própria natureza, mutilando-se psiquicamente para serem aceitos.
É obvio que, ao vivermos em sociedade, naturalmente temos que nos adaptar às regras e padrões para viver uma vida razoavelmente equilibrada. Entretanto, esse nível de adaptação deve respeitar nossas convicções internas, sem o qual, corremos o risco de ser um ator a representar os papéis da vida, sem a vivermos de verdade.
Dentro dos vários modelos em que fomos criados, muitos deles nos colocam a imposição de que termos de ser vitoriosos a qualquer custo. A necessidade compulsiva de se agir sempre de forma perfeita acaba criando na pessoa uma ansiedade neurótica impossível de ser resolvida, pois uma das características que nos faz mais humanos é exatamente a imperfeição. Não que devamos nos acomodar e viver de qualquer jeito. Será sempre uma medida salutar que busquemos situações melhores e mais adequadas a uma boa qualidade de vida. Entretanto, devemos nos convencer de que, por enquanto, somos perfeitos apenas em nossa essência, e aqui estamos nesse mundo para concretizar nosso potencial divino. Somos seres em constante estado de vir a ser, em contínuo aprimoramento.
Desta forma, não se preocupe tanto com o seu desempenho, apenas procure viver e fazer tudo que tem por fazer de maneira ética, alegre e criativa. É bem verdade que, em certos períodos da vida, as coisas parecem não dar certo e uma nuvenzinha escura teima por permanecer sobre nossa cabeça. Não veja nessas circunstâncias, um terrível castigo dos céus, mas sim, procure entender o que este período ou essas circunstancias difíceis estão querendo ensinar para você. Esse é o caminho natural para o crescimento interior. Olhando a vida sobre esse prisma, você verá que a perfeição é impossível pelo simples fato de que não acabamos o “curso” e a cada novo dia, uma lição diferente será oferecida para sua reflexão.

sexta-feira, 9 de março de 2012

CÉREBRO E MENTE

Tarefa relativamente fácil é considerarmos o cérebro como o órgão nobre por excelência, sede do sistema nervoso. Como vimos anteriormente, veio evoluindo filogeneticamente desde os organismos elementares até adquirir a configuração atual no homo sapiens, com seus dois hemisférios e cerca de 100 bilhões de neurônios, sendo que cada um deles pode estabelecer perto de 10 mil conexões (sinapses) com outros neurônios.
Essa fabulosa população celular acaba se organizando em grupos que trabalham sincrônicamente, executando diferentes funções, como os diversos músicos de uma orquestra executariam variados movimentos obedecendo às ordens de um maestro. Poderíamos dizer que, nesta comparação, a mente seria o grande maestro desta orquestra maravilhosa.
Até aí, tudo bem...
Mas...o que vem a ser a mente, este maestro brilhante que faz a orquestra produzir os mais brilhantes movimentos?
A tentativa de responder a esta pergunta nos desloca inevitavelmente para a fronteira entre os dois paradigmas vigentes na atualidade. A visão cartesiana/newtoniana coloca a mente como um atributo material, resultado emergente de toda a atividade cerebral, embora a rigor e apesar de todo o desenvolvimento tecnológico e científico, ainda não se pode afirmar com convicção que mente e cérebro sejam a mesma coisa.
A tese holística, aceitando outras dimensões não materiais do ser, define a mente como algo independente do cérebro. Fazendo uma comparação com a informática, diríamos que a visão holística coloca o cérebro como a estrutura física do computador (hardware) e a mente como os programas que lhe são instalados e que o fazem funcionar (software). Ambos, hardware e software, formam uma unidade funcional onde não faz sentido a existência de um sem a integração com o outro.
Nesse esquema, perguntaríamos: quem é o operador do sistema?...
O fato é que o desenvolvimento das pesquisas na área da física quântica nos aponta para uma realidade que transcende a matéria física. Conceitos como materialismo e espiritualismo não podem mais serem vistos como excludentes e sim como complementares na visão do paradigma holístico.
Para terminar esse capítulo trago as palavras instigantes de Deepak Chopra, médico indiano, autoridade reconhecida na área de medicina alternativa, em seu livro “ Vida Incondicional” (ed. Best Seller):
“O que é mente senão o que experimenta, o que sabe? O que é corpo senão o experimentado, o conhecido? Se posso mudar minha atenção de um para o outro, então deve existir um “eu” que não está preso ao dualismo da mente-corpo. Esse “eu” não pode ser descoberto por métodos simples. Não posso olhar para ele, porque está no meu olho; não posso ouvi-lo porque está em meu ouvido; não posso tocá-lo porque está em meus dedos. Então, o que resta? Somente a voz interior que sussurra: “Vá além”. Seguindo essa ordem eu talvez venha a me perder num território desconhecido.”
Palavras profundas que nos deixam a pensar....

sábado, 3 de março de 2012

A CRIANÇA INTERIOR

“ Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o reino de Deus”
Jesus Cristo.
A maioria das correntes em psicologia é enfática ao apontar os primeiros anos de nossa vida como fundamentais para a formação das crenças que vão nos acompanhar pelo resto da vida. As crianças, mesmo ainda dentro do útero materno, são extremamente sensíveis à atmosfera mental dos adultos que as cercam. Quando nascemos, passamos a sofrer a influência contínua dos nossos pais (ou das figuras que foram encarregadas de nos cuidar) num envolvimento energético e verbal constante no processo da educação. Evidentemente nenhum pai ou mãe irá desejar o mal para seu filho; entretanto não existe “educação perfeita”, pois só podemos transmitir aquilo que recebemos e nossos pais nos educam de acordo com o padrão com o qual foram educados por nossos avós.
Desde pequenos percebemos que, se agirmos de determinada maneira, recebemos a aprovação dos adultos, ao passo que outras atitudes provocam desaprovação e castigo. Passamos então a agir tentando conquistar a aceitação e nos acostumamos a ser “bonzinhos” e “obedientes”, criando desta forma uma roupagem social com a qual nos manifestamos no mundo, conquistando nosso espaço e garantindo a recepção de amor. Ao nos tornarmos adultos, acreditamos que esse disfarce usado durante tanto tempo seja a nossa real natureza, o que não é verdadeiro. Dessa forma, deixamos de ter contato com o que realmente somos e perdemos toda a espontaneidade nos relacionamentos o que acarreta frustração e dor. Nesse momento, ao perder a espontaneidade e a pureza de quem somos, deixamos de ser crianças e ingressamos no mundo dos adultos...
Quando crianças somos verdadeiras “esponjas” assimilando não só o ambiente vibracional em que vivemos como o estilo de vida e as crenças de nossos pais. Se são vencedores, naturalmente seremos também vencedores. Ao contrário, se tiverem feito a opção de viverem o fracasso, certamente não encontraremos outra coisa a não ser o fracasso pela frente. Também é claro que não importa muito o que os pais dizem e sim o que fazem no cotidiano. Suas atitudes é que serão o modelo a ser seguido pelos filhos.
Muitas vezes levamos para a vida adulta, os conflitos e carências da infância, repetindo no relacionamento com os outros o mesmo padrão de quando éramos pequenos. Isso, com certeza compromete nosso equilíbrio, pois a nossa criança interior ferida continua “dando as cartas” na vida adulta. Por exemplo: uma menina amava muito seu pai, mas este era alcóolatra e a maltratava com rudeza e agressividade. Com muita possibilidade, quando se tornar adulta, tendo introjetado o padrão de que não merece receber amor de qualquer figura masculina, esta pessoa passará a atrair homens que venham a confirmar suas crenças, ou seja – indivíduos rudes, agressivos e violentos.
Outro exemplo: se quando pequeno, seus pais eram muito rígidos e exigiam muito de você, com certeza agora como adulto você será uma pessoa dura consigo mesmo, se exigindo, criticando e não admitindo falhas. Ou seja – uma receita quase infalível para o sofrimento e a neurose, certo?
Com todo o processo de educação acabamos por consolidar uma série de crenças auto limitantes, principalmente ao acreditarmos na premissa de que não somos suficientemente bons e, portanto, não merecemos a felicidade. Essa postura é reforçada pela religião que faz com que acreditemos que o mundo é um “vale de lágrimas” e que aqui estamos para sofrer e pagar os pecados.
Também a cultura ocidental nos fez acreditar que os adultos têm de estar sempre sérios, trabalhando e tratando de assuntos muito importantes. A maioria de nós traz a criança interior ferida e/ou sufocada. Para adquirirmos a saúde integral nos caminhos do Ser, precisamos reconectarmo-nos com esta criança que habita em nós.
E como fazer isso?
Simples. Comece a brincar mais, faça coisas que não fazia desde pequeno (por exemplo, tocar a campainha das casas e sair correndo...) Compre um bom livro de piadas e conte-as a seus amigos. Leve sua esposa/noiva/namorada para comer pipoca num parque de diversões. Falte um dia ao seu trabalho e fique andando à toa. Coma cachorro quente sem guardanapo e se lambuze todo...
Mas calma! Não se assuste! Não quero que você veja em minhas sugestões um incentivo à irresponsabilidade e à anarquia. Isso por certo iria lhe trazer muitos problemas. Chamo a atenção apenas para que reflita e passe a olhar para as dificuldades da vida com outra visão. Ao invés de encaixar os problemas no velho chavão: “coisas chatas que acontecem só comigo e atrapalham a minha vida”, comece a fazer a pergunta certa: - por que esse tipo de obstáculo cruza com tanta frequência o meu caminho? O que será que preciso aprender com isso?
Convide amorosamente sua criança interna a vir à superfície, atualize-a e lhe permita ajudá-lo com a sua criatividade espontânea a ver tudo com mais alegria, fé e entusiasmo. Pratique mais a “criancice” e veja só como sua vida irá mudar!
Uma parceria equilibrada entre a criança que existe em seu interior e o adulto que você é, por certo lhe trará uma vida mais prazerosa. Se pensar desta maneira, vai ver que na próxima vez que fôr passear em algum parque de sua cidade, uma linda borboleta azul virá brincar com você...Saia da realidade e voe com ela, mergulhando nos seus sonhos...
Se entrarmos em contato com nossa criança interior dando-lhe amor e carinho, aceitando-a tal qual é, estaremos dando um importante passo no caminho da própria cura. Aí então, com esperança e criatividade poderemos dar nossa melhor contribuição para a cura do Planeta. Depende de nós...