Amigos leitores, vou
procurar abordar neste artigo, um tema que já há algum tempo, venho observando
em meu consultório e em conversas com as pessoas com as quais convivo.
Trata-se da perda do
sentido profundo da existência, traduzida numa angústia crescente e num vazio
existencial que acaba desembocado em processos depressivos de toda monta.
Os indivíduos, imersos
no imediatismo de nossa sociedade materialista, deixam-se envolver num
turbilhão de atividades cada vez mais numerosas que objetivam a conquista de
uma situação de vida mais confortável, onde a riqueza material é prerrogativa
indispensável à felicidade plena.
Mas...isso será
realmente verdadeiro?
O Dr. Edward Bach,
criador na idade moderna da terapia com essências florais, alicerçado em lições
de ensinamentos esotéricos milenares, afirma que somos uma Essência imortal,
criada por Deus e fadada à evolução contínua.
Tal processo de
crescimento e aprendizado constante se faz por sucessivos estágios na matéria
conhecidos como Encarnação. A Doutrina Espírita, codificada por Alan Kardec em
meados do século IXX reafirma essa verdade, mostrando-nos que o Ser Humano
possuiu uma dupla natureza, a saber a sua condição natural de Essência
espiritual e a natureza secundária e transitória – a condição material – que
adquire ao encarnar em um corpo físico afim de estagiar neste mundo
tridimensional.
Em outras palavras,
somos uma Essência imortal, transitóriamente ocupando um corpo físico que se
expressa como uma personalidade específica estruturada pelos padrões que traz
de encarnações passadas, pelo aprendizado educacional da família em que renasce
e pelo influência do meio ambiente em que se propõe a viver.
E, nesse ponto, percebo
que acabamos por cair numa sedutora ilusão ao acreditar que nosso único
objetivo é lutar pela sobrevivência e vencer no mundo material nos
transformando num cidadão próspero e bem sucedido.
O ego passa a priorizar
a natureza material e mergulha numa busca interminável de ter coisas, ganhar
dinheiro, caindo numa verdadeira armadilha, pois nunca estamos saciados, sempre
queremos mais e mais coisas, mais e mais poder, mais e mais dinheiro.l
E a ilusão de desfaz
quando percebemos que tudo que conseguimos conquistar em termos materiais aqui
deixamos compulsoriamente quando nosso corpo, pelas leis naturais envelhece e
se extingue, retornando ao reino da matéria. Aí então, o que acontece?
A Essência retorna ao
mundo espiritual – seu habitat natural e constata (quando consegue) que nada
trouxe consigo de verdadeiro que acrescente alguma coisa ao seu patrimônio
espiritual.
O remédio para se
evitar essa grande desilusão é a criatura despertar para as reais finalidades
da Vida perguntando-se – quem sou eu? Quais os reais objetivos da minha
existência? Qual o sentido da vida?
Perguntas pertinentes e
necessárias, principalmente nos dias atuais...
Profetas e profecias de
todos os tempos nos falam de que estamos a viver uma grande transição na
história da humanidade e do planeta, onde a sociedade deverá renovar-se para a
concretização de seu verdadeiro e fundamental destino que é a fusão do homem
material com o homem espiritual para a manifestação sublime do Homem Integral.
Cabe a cada um, nesse
grave e precioso momento planetário, despertar para a necessidade urgente do
autoconhecimento, da percepção de que estamos todos interconectados e de que a
verdadeira felicidade não poderá acontecer individualmente e sim através do
cultivo e da compreensão dos valores fraternos que devem nos unir a todos.
Um novo mundo está em
construção...
A decisão de dele
participar está em nossas mãos. Podemos escolher permanecer hipnotizados e
sonâmbulos ou despertar para uma nova realidade que se avizinha.
A escolha é de cada
um...
É tempo de despertar!!