domingo, 14 de agosto de 2011

UM ARCO- ÍRIS DE PRESENTE



Um dia desses, indo para o trabalho, estava a dirigir meu carro enquanto procurava perceber o mundo à minha volta. Era de manhãzinha, o tempo úmido e refrescante, denunciava a chuva da noite anterior. O céu coberto de nuvens, deixava ver o sol, como uma criança levada brincando de esconde-esconde, ora aparecendo, ora sumindo.
Subitamente, eis que surge à minha frente, como um presente dos deuses, um lindo arco-íris!
Como cada um de nós pode enxergar um arco íris?
Algumas pessoas ( e me incluo nesse grupo) conseguem ver o arco-íris com os olhos da alma, enxergando a grandeza do universo nas coisas simples da vida...aquele espetáculo gratuito de beleza ali estava a minha frente...Para as pessoas que conseguem sentir o fluxo do existir desta forma, mesmo que os problemas surjam, eles são encarados como desafios estimulantes que servem para nosso amadurecimento. Por mais dolorosos e difíceis que possam parecer, todos acabam passando, e nós...sempre terminamos sobrevivendo, indo em frente.
Outras pessoas, presas à praticidade e à concretude, enxergam o arco-íris sob o ponto de vista estrito das leis da física, ou seja, como um fenômeno de refração da luz que acaba se decompondo em sete magníficas cores. Tais indivíduos optam por abrir mão do romantismo para ganhar uma compreensão objetiva do mundo.
E, por fim, temos um terceiro grupo – são as pessoas que diante de um lindo arco-íris, não conseguem enxergar nada! São escravos de seus pensamentos e, imersos e perdidos em seu mundo mental, não conseguem fazer contato com a própria sensibilidade.
O arco-íris ainda me acompanhou no trajeto durante um longo tempo até desaparecer entre as montanhas longínquas.
O tempo passou e terminei o dia feliz da vida, pois afinal de contas, não é toda a hora que se ganha um arco-íris de presente...
E ia esquecendo de perguntar – amigo leitor, em qual grupo você conseguiu se encaixar?...

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