domingo, 11 de setembro de 2011

MEDICINA INTEGRAL - 1

Esse artigo pretende ser uma introdução ao que entendemos como medicina integral.
Desde suas origens, o ser humano vem procurando maneiras de curar suas doenças e ferimentos. Em civilizações antigas, como por exemplo, na Mesopotâmia, o médico dava grande importância à interpretação dos sonhos. O exercício da profissão foi pela primeira vez regulamentado no código de Hamurabi. A Medicina evoluiu bastante no Egito, na Índia e na China, mas foi a Grécia que se constituiu no berço da atual medicina alopática.

No sec. V a.C., nasceu na ilha grega de Cós, o grande Hipócrates, considerado o Pai da medicina, que estabeleceu as bases da atual medicina ocidental, elaborando um rigoroso código de ética, cujos preceitos estão contidos no juramento que, até hoje, os médicos fazem ao se formar.

O modelo médico vigente é estruturado nas bases do paradigma newtoniano/cartesiano onde o importante é a análise das partes, como se o corpo fosse uma máquina e a doença, o enguiço ou mau funcionamento de algumas de suas peças. A partir desta premissa perdeu-se a noção de um ser inteiro (pessoa) e o doente passou a ser representado por um vasto conjunto de órgãos e sistemas que para ser saudável, deveria funcionar plenamente.
Dessa visão departamentalizada surgiram os super especialistas, profissionais que detem um profundo saber acerca de um setor específico do conhecimento mas que não conseguem ter a percepção global, esquecendo-se de que o coração, os rins, os pulmões, a pele e cada órgão que compõe o corpo humano não existem isoladamente e sim, como partes inseparáveis de um ser único. Apenas para exemplificar – um cardiologista pode entender que todos os enfartos têm, mais ou menos, a mesma fisiopatologia, mas não pode perder de vista que a vivência de sofrer um infarto é única, característica e totalmente subjetiva.

Com o advento do paradigma holístico, a visão da medicina acadêmica terá oportunidade de expandir seus horizontes ao integrar aos seus conceitos, novos planos de manifestação do Ser. A psicossomática, a homeopatia e a acupuntura são exemplos de áreas já aceitas pela medicina oficial que expandem os limites do ser.
  
Estudos interessantes foram realizados pelo biólogo Rupert Sheldrake sobre o que denominou de campos mórficos. De acordo com suas pesquisas, os organismos vivos herdam, além dos genes, os campos mórficos. Os genes são transferidos materialmente de uma geração a outra, enquanto os campos mórficos seriam herdados de forma não material não apenas de seus pais diretos, mas de toda a espécie. O organismo em desenvolvimento cresceria sob a orientação desses campos que conteriam a memória coletiva da espécie.
Tais pesquisas apontam para a existência de um nível energético no ser humano, no qual funcionariam a acupuntura e a homeopatia, ambas já reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, bem como outras técnicas conhecidas como terapias energéticas ou vibracionais.

Se continuarmos nosso mergulho nas profundezas do ser, vamos encontrar além do plano material e energético, o que as religiões denominam de Espírito e as escolas psicológicas mais abertas denominam de Eu profundo, Self ou Eu superior.

Tal instância – o centro do ser – se assim podemos nos expressar, seria a Essência, responsável pela vida dos afetos, dos sentimentos e da transcedentalidade.

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